sexta-feira, 24 de junho de 2016

Scooters Vespa e Piaggio vão ser fabricadas no Brasil.

O grupo Piaggio anunciou, nesta sexta-feira (24), que vai começar a vender e montar scooters Vespa e Piaggio no Brasil.
Atualmente, apenas poucas unidades de Vespa e Piaggio vinham ao Brasil por meio de importações pontuais e preços altos. 
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Vespa Primavera (Foto: Divulgação)
“Estamos trazendo ao Brasil o Grupo Piaggio, líder de mercado e precursor do segmento mundial de scooters, inaugurado com a Vespa em 1946, na Itália. É uma das únicas montadoras de moto internacionalmente relevante que ainda não estava presente no país”, disse Santo Magliacane, sócio da Asset Beclley, em comunicado.
Além de Vespa e Piaggio, o grupo também é dono de Aprilia, Derbi, Gilera, Moto Guzzi, Scarabeo, porém, não comentou se no futuro também pleneja trazer estas marcas ao país.
O presidente da Piaggio no Brasil será Longino Morawski, executivo que esteve na Harley-Davidson do Brasil, entre 2010 e 2015.

fonte - G1

quarta-feira, 18 de maio de 2016

ABS - Três letras que salvam vidas

Com o ABS, o piloto mantém o controle e a estabilidade da moto ao frear

O brasileiro ainda não compreendeu a real utilidade dos freios ABS (Anti-lock Braking System, sistema de freios anti-bloqueio) em motocicletas. A discussão sobre o uso deste sistema gera muita polêmica entre os aficionados pelas duas rodas. Alguns dizem que o “bom piloto” não precisa de ABS para conseguir efetuar uma frenagem mais agressiva. Um pensamento ultrapassado, mas, infelizmente, muito comum entre os motociclistas no País.

Segundo Alfredo Guedes Jr., engenheiro da Honda, a porcentagem de motocicletas vendidas com o sistema C-ABS da marca variava entre 5% a 10% em 2009. Hoje, os modelos equipados com o sistema somam 30% das motos comercializadas pela empresa. Mas, ainda assim, de acordo com uma pesquisa feita pela Bosch, fabricante de ABS para carros e motos, atualmente menos de 2% de todas as motos vendidas no Brasil e na Argentina são equipadas com o sistema anti-travamento. Os números ainda revelam que 27% dos entrevistados (750 proprietários de motocicletas) sequer sabiam da existência de ABS para motos. Portanto, a culpa não é só do consumidor.


Técnicos da Bosch analisam o ABS de uma BMW S 1000 RR

Conscientização


“Hoje, todos os nossos concessionários passam por treinamentos e testam as motocicletas, com e sem ABS. Isso ajuda a manter um melhor relacionamento com o cliente e fica mais fácil passar as informações sobre a real utilidade do sistema ABS para, assim, conscientizar os possíveis compradores. O consumidor tem que entender que não há preço para segurança”, disse Alfredo Guedes Jr. Segundo ele, a Honda está em trabalho contínuo para diminuir o preço final dos produtos equipados com o sistema.

Mesmo nos modelos de baixa cilindrada, o ABS traz mais segurança ao condutor. Na concessionária Studio Motors Kawasaki, de São Paulo, a procura pelo modelo Ninja 300 com ABS está sendo maior que a versão sem ABS. Porém, de acordo com Gustavo Araújo Henriques, vendedor da concessionária, os clientes de motocicletas de maior cilindrada (na maioria das vezes pilotos mais experientes) preferem economizar na segurança para equipar suas motos com acessórios. “A maioria dos consumidores que compram motos acima de 600cc ainda preferem a versão sem ABS, pois acham que o dispositivo encarece os modelos. Economizam na segurança, mas gastam em acessórios. Sabemos que é uma tecnologia um pouco cara, mas esse pensamento tem que mudar”, disse.

A distância de frenagem com e sem ABS

Para reafirmar sua fala, segundo a pesquisa feita pela Bosch, 40% dos pilotos freiam com menos força do que gostariam em virtude do medo de travar as rodas. Em situações de frenagens previsíveis, como exemplo uma parada em um farol, o uso do ABS realmente não será necessário. Porém, em uma situação de emergência, o sistema fará muita diferença, principalmente pelo fato de não causar o arrasto da roda traseira.

O objetivo dos freios ABS, tanto nas motos como nos carros, é exatamente este: frear com mais segurança e controle do veículo – sem travar as rodas – e diminuindo o espaço da frenagem, principalmente em piso molhado. “Em frenagens de emergência, a força aplicada pelo motorista no sistema de freio pode ser maior que o pneu pode suportar e, com isso, a roda trava”, explica Martin Kretzschmar, gerente de marketing da divisão Chassis Systems Control da Bosch.



Pequenos discos instalados no cubo da roda atuam com sensores ABS

Segundo o IIHS (Insurance Institute for Highway Security, instituto das seguradoras norte-americanas para a segurança viária), motos com ABS representam 28% a menos de acidentes fatais em cada dez mil motos registradas nos Estados Unidos. Análise do banco de dados de acidentes da Alemanha, o GIDAS (German In-Depth Accident Study), mostra que 47% dos acidentes com moto são causados por frenagem com falha ou hesitante, problemas que podem ser resolvidos pelo ABS. Diversos estudos científicos comprovam que o ABS é o sistema com mais alto potencial de segurança.

Outra pesquisa, realizada pela Administração Rodoviária da Suécia (“Vägverket”), em outubro de 2009, estima que 38% de todos os acidentes de motocicleta com feridos e 48% de todos os acidentes graves e fatais poderiam ter sido evitados com o uso do sistema. A diferença de preço entre os modelos com e sem ABS variam entre R$ 1.000 e R$ 2.000. Um custo que no fim das contas pode ser pequeno, considerando o aumento da segurança.



Funcionamento do circuito do sistema ABS

História e funcionamento

A história do dispositivo em motos é relativamente recente. A primeira motocicleta que recebeu o ABS foi a BMW K 100, em 1988. Para termos uma ideia, somente em 2009 tivemos uma esportiva equipada de fábrica com o sistema. Para os leigos, o sistema ABS atua nos freios da moto, impedindo que a(s) roda(s) trave(m). Seu princípio de funcionamento é parecido com o de um automóvel. Pequenos discos (semelhantes ao disco de freio, porém cheios de ranhuras) instalados no cubo das rodas atuam como os sensores do ABS e realizam a “leitura” da velocidade das rodas durante a frenagem. Quando a roda está prestes a travar, os sensores enviam um sinal para a central do ABS e a mesma envia um sinal para “aliviar” a pressão aplicada no freio.

Mais motos com ABS
Atualmente, BMW, Ducati, Harley-Davidson, Honda e Kawasaki oferecem versões de quase todas as suas motocicletas com o ABS. A Yamaha tem apenas a Super Ténéré 1200 equipada com o dispositivo no Brasil. Já as motos da Suzuki que são equipadas com o sistema não chegam ao país. De acordo com a nova legislação da União Europeia, o sistema anti-travamento será obrigatório para motocicletas com mais de 125cc. A partir de 1° de janeiro de 2016, todas as motocicletas homologadas deverão sair de fábrica com o ABS.
(por Roberto Brandão Filho)


fonte:infomoto.blogosfera.uol.com

Cafe Race feita com Honda 125




fonte: caferacercultura.blogspot.com

terça-feira, 17 de maio de 2016

Melhore os freios com baixo investimento



Se a performance dos freios de sua moto não agrada ou simplesmente falta precisão na alavanca, você não precisa necessariamente trocar de moto ou de sistema de freio. Na maioria dos casos, substituir alguns itens que já fazem parte da rotina de manutenção preventiva traz grandes resultados em sistemas a disco. Mesmo se você não quiser fazer um upgrade é importante saber diferenciar componentes de qualidade para evitar a desagradável surpresa de descobrir que seu freio piorou depois da revisão.

Quando você aciona a alavanca, está pressionando o fluido que corre pelo flexível até os pistões da pinça. São estes que empurram a pastilha contra o disco, que gira fixado à roda, fazendo a moto parar. Três componentes envolvidos nesse processo devem ser inspecionados periodicamente e eventualmente trocados, seja por desgaste ou para aprimorar a performance, impactando diretamente a distância e precisão da frenagem: fluido, flexível e pastilha.

Para mostrar na prática e com números o potencial dessas mudanças escalamos a Suzuki Bandit 650 do diretor de arte de Duas Rodas, que originalmente vem equipada com fluido de especificação DOT 4, flexíveis convencionais de borracha e pastilhas Tokico já de boa qualidade. Quanto maior a especificação DOT do fluido (sigla de Department of Transportation, ou Departamento de Transporte americano, que estabeleceu os parâmetros), maior o ponto de ebulição e resistência à fadiga. O DOT 4 é o atual padrão do mercado e o 5.1 equipa principalmente modelos esportivos ou usados em autódromos, por causa do uso severo dos freios. É preciso atenção para evitar a especificação inferior DOT 3, ainda encontrada à venda, que pioraria a condição original do sistema. Com baixa quilometragem e passados dois anos da fabricação, a Bandit ainda tinha a maior parte das pastilhas originais para gastar, porém havia atingido o período recomendado pelo manual para troca do fluido.

O líquido de dietileno glicol é anticongelante, retardante de ebulição e anticorrosivo, mas absorve umidade do ambiente. Por isso precisa ser substituído a cada dois anos independentemente da quilometragem rodada e o frasco aberto não deve ter sobras aproveitadas posteriormente, já que a água absorvida reduz os benefícios do fluido, em especial a capacidade de retardar a ebulição – permite a formação de bolhas com mais facilidade e o efeito de absorver parte da pressão aplicada sobre a alavanca, como uma mola.

Esse mesmo efeito é comumente causado pelos flexíveis de borracha quando a temperatura do fluido aumenta (ou antes disso, pelo simples fato de serem de má qualidade), amolecendo a parede do duto e permitindo que se expandam, fazendo com que parte da pressão aplicada à alavanca não chegue à pinça. Em casos extremos de superaquecimento, a alavanca chega a encostar na manopla sem que a moto pare. Começamos nosso teste trocando o fluido por um DOT 4 novo e medindo as distâncias de uma sequência de 15 frenagens com o equipamento original de fábrica, número que se estabilizou em 54 metros percorridos a partir de 100 km/h.

Em seguida, trocamos os flexíveis pelos revestidos com malha de aço, que evitam a dilatação passando a transferir toda a pressão da alavanca diretamente à pinça. Independentemente da vontade de fazer o upgrade, o manual recomenda a troca dos flexíveis a cada quatro anos por causa do ressecamento da borracha e essa pode ser uma boa oportunidade para elevar a performance. “A vantagem mais evidente da troca foi a sensibilidade ao tato na alavanca”, explica o editor de testes Ismael Baubeta. “Você percebe exatamente a resposta do freio, porque a pressão que aplica na alavanca gera uma reação direta. A ‘pegada’ inicial do freio fica mais instantânea, porque não é preciso vencer a dilatação da borracha, e usa-se menos curso e força na alavanca para se obter uma boa frenagem.” A distância necessária para estancar a Bandit foi reduzida em 3 metros com os flexíveis fornecidos pela Hel Performance.

ABC das pastilhas

Pastilhas para um mesmo modelo de moto podem ser fabricadas de compostos com carbono, cerâmica, metal, celulose e outras resinas de baixo custo. Felizmente, cada “receita” precisa ter sua capacidade de fricção medida e corresponde a um índice de fricção DOT: EE, FE, FF, GG e HH, em que o mínimo (EE) é 0.25 e o máximo (HH) 0.65. Se a fabricante atender aos requisitos DOT mínimos gravará as letras no verso da placa metálica que sustenta a pastilha e informará isso na embalagem junto com a composição.

Para a Bandit encontramos jogos de composição “orgânica” com celulose e resina por R$ 30 cada, sem especificação de classificação DOT na embalagem, mas que certamente não superam 0.25; as de carbono e cerâmica HH originais Tokico por R$ 400 e de reposição com as mesmas características por R$ 150; por fim, as HH racing com mais metal na composição e comumente usadas nos autódromos, por a partir de R$ 240. Outra característica importante das pastilhas de boa qualidade e maior índice de fricção é preservarem os discos, que no caso deste modelo custam R$ 1.400 a unidade.

O efeito das pastilhas orgânicas de baixo custo sobre os discos foi um dos principais problemas quando retiramos as originais e partimos novamente para os testes. “Precisei aplicar mais força na alavanca e a distância percorrida foi quase 2 metros maior que com as pastilhas originais”, diz Baubeta. “O maior problema não foi esse, mas a fadiga por superaquecimento que fez a distância aumentar a cada nova frenagem. Ela não conseguiu manter o resultado, deixou os discos escurecidos e até a pinça ficou fervendo.” Claramente houve um problema de dissipação de calor pelo material inadequado da placa metálica, que transferiu a temperatura das pastilhas superaquecidas aos pistões e restante do conjunto. “Se a Bandit já não estivesse com os flexíveis revestidos, que evitaram a dilatação e total perda de freio, os resultados seriam piores e realmente perigosos. A falta de qualidade dos materiais e acabamento é visível a olho nu.”

As últimas medições foram com as pastilhas de reposição para uso esportivo Vesrah, japonesas, que prometem desempenho ótimo em temperaturas elevadas. A distância diminuiu 3 metros em relação às pastilhas originais e se manteve com a menor variação na sequência de 15 frenagens. “Também senti mais potência no início da frenagem e precisei aplicar menos força à alavanca”, conclui o editor de testes.

fonte: DuasRodas

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Acidente de moto: reduzindo danos



Para quem anda de moto, todo o cuidado é pouco. O fato de estar com o corpo sempre exposto é um agravante em qualquer acidente de trânsito, podendo vir a ser fatal por diversas variáveis e situações. Por isso, como qualquer choque pode custar uma vida, motociclistas devem fazer a sua parte para minimar os riscos em acidentes, andando sempre o mais equipado possível e com a manutenção da moto – seja o xodó de final de semana ou a companheira de todos os dias – sempre em dia.

O Centro de Experimentação e Segurança Viária (CESVI Brasil) traz em seu boletim técnico de maio meios de como os condutores podem se proteger para reduzir danos em acidentes. “A vulnerabilidade do motociclista faz com que, à menor colisão, seu corpo seja arremessado a metros de distancia, sofrendo impacto direto, sem atenuantes, contra o piso ou outros objetos – postes, árvores, outros veículos… Proteção para a cabeça, corpo, pés e mãos é essencial para a redução dos danos no caso de acidente de moto”, diz o material.




Cabeça

Parece clichê falar isto, mas não é. O uso do capacete é primordial e essencial porque 70% dos acidentes fatais com motocicletas decorrem de ferimentos na cabeça. É preciso estar atento à data de validade do equipamento e usar sempre modelos aprovados pelo Inmetro, além de, se possível, buscar conhecer os materiais empregados no capacete e sua performance em testes de segurança. Atenção também com a viseira, que deve permanecer sempre fechada. Ao andar com ela levantada deixa margem para o risco de pequenos objetos serem arremessados por pneus de carros e caminhões e atingirem os olhos do motociclistas. O mesmo também pode ocorrer com insetos, vindo a causar segundos de cegueira em quem está dirigindo, podendo acabar gerando um acidente e/ou queda. Atenção, ainda, para o tamanho do capacete, afinal não pode haver folga entre a cabeça e o casco, pois isto pode fazer com que o equipamento seja arremessado em caso de queda.

Corpo

Roupas adequadas ajudam a minimar as lesões caso o motociclista seja atirado da moto, então opte por roupas que protejam o seu corpo por completo, inclusive tórax, costas, braços e pernas. Mais do que isto, roupas adequadas evitam que o condutor fique exposto à fatores climáticos (forte sol ou chuva) e protege-o de qualquer objeto que possa atingi-lo durante sua viagem. Outro fator importante e que deve ser critério na hora da compra é o uso de faixas refletivas, que ajudam muito que o motociclista seja visto por todos, principalmente à noite. Dê preferência por roupas aprovadas por órgãos certificadores brasileiros e internacionais.

Pés

O motociclista economiza aquela grana, faz pesquisa de mercado, avalia modelos e sobe de categoria. De repente, nos deparamos com alguém pilotando uma moto de 600cc de capacete, jaqueta e tênis de passeio. Cena comum, não? Infelizmente. Não dá para vacilar ou correr riscos por falta de equipamentos de segurança, e os pés são geralmente os mais esquecidos na hora de receber proteções. Segundo o CESVI, em um acidente é muito comum o motociclista raspar os pés nas guias, valetas ou calçadas, e em colisões laterais com outros veículos os pés ficam desprotegidos caso o condutor esteja com calçados de passeio. Por isso, é indicado o uso de botas de alta resistência, e que não tenham salto alto.

Mãos

A primeira autodefesa do motociclista ao cair da moto é usar as mãos para amortecer o impacto contra o piso. Isso faz com que as mãos sofram arranhões, fraturas e queimaduras, muitas vezes, irreversíveis. Eis que surge a importância do uso de luvas de alta resistência. Felizmente, hoje no mercado existe uma gama enorme destes produtos, tanto para itens de inverno como para os de verão, de variadas características e valores. Lembre-se que o preço do equipamento, por mais alto que possa parecer, jamais será comparado ao valor da sua saúde e integridade física.

Brecha na lei

Rodar equipado, com todos os recursos possíveis para promover a própria segurança, é muito mais uma questão de educação e consciência do que de obediência às leis de trânsito. Hoje, o Código de Trânsito Brasileiro obriga apenas o uso de capacete e de calçado que proteja os pés (não precisam ser botas), gerando multa para quem conduzir sem fazer uso dos itens. Andar sem o capacete (precisa proteger a cabeça e olhos – em modelos abertos devem sem empregados óculos protetores) gera autuação gravíssima, com multa de R$ 191,54 e soma de sete pontos na carteira de habilitação. Já rodar sem a tal proteção para os pés gera multa de R$ 85,13 e soma de quatro pontos na CNH, configurando infração média.

Manutenção preventiva

Tão importante para minimizar os riscos e consequências de acidentes quanto andar com os devidos equipamentos de proteção é estar com a moto em dia. Neste quesito, a palavra de ordem é manutenção preventiva. Inúmeros problemas podem deixar um motociclista no acostamento ou, pior, levá-lo para um ardente e indesejável beijo no asfalto, e a maioria destes infortúnios pode ser evitada. É preciso estar atento às recomendações do manual de cada modelo, respeitando os prazos estabelecidos para troca de peças e revisões das mesmas. Velas, lubrificante, cabos, válvulas, freios, embreagem, tudo precisa estar em ordem.


Fonte: Centro de Experimentação e Segurança Viária (CESVI Brasil), motonline.com.br

Triumph traz curso para café racers… de qualquer marca

Através do Triumph Riding Experience (o programa de relacionamento da marca inglesa com seu público), a Triumph está oferecendo um novo curso voltado exclusivamente aos proprietários de motos do estilo café racer, independente de marca e modelo. A modalidade foi batizada de “Curso para café-racer” e será realizada no Haras Tuiuti, em Tuiuti (SP), distante aproximadamente 100 km da capital, com um dia de duração. O circuito do local, com 2.500 metros de extensão, é voltado para este tipo de treinamento e ainda não tem data certa para acontecer, isso porque depende da adesão de interessados.

Segundo informações da marca inglesa, a ideia de criar o curso surgiu para atender às novas demandas e exigências do público, oferecendo uma capacitação específica para as necessidades do segmento. Não por acaso, recentemente a Triumph lançou quatro novos modelos em estilo clássico e café racer no Brasil, incluindo membros da famosa linha Bonneville. Destes, três (Bonneville T120, Bonneville T120 Black e Thruxton R) estão em fase de pré-vendas neste momento.





Curso é voltado para proprietários de café racers e não faz distinção à marcas

De acordo com Pablo Berardi, instrutor-chefe do Triumph Riding Experience, “o novo curso vai atender os clientes que buscam por uma pilotagem defensiva neste perfil de motocicleta, mas sem esquecer do DNA esportivo que esses modelos carregam, especialmente aos futuros donos da novíssima Thruxton R e das inúmeras café-racer criadas por todo o Brasil. Será um dia de muito aprendizado e diversão, mantendo o alto padrão de atendimento e segurança que a marca exige, com turmas reduzidas e instrutores certificados”.

Se você gostou da iniciativa pode contribuir para que o curso saia do papel e ganhe o asfalto. Entre em contato através do site oficial da Triumph (triumphmotorcycles.com.br) ou do email contato@triumphexperience.com.br e manifeste seu interesse em integrar novas turmas que podem vir a ser criadas.


Mais opções de cursos

O Triumph Riding Experience desenvolveu, também, o módulo “Performance”. O novo curso atende proprietários de motos esportivas e naked de qualquer marca que queiram sentir a sensação de pilotar em um circuito com segurança e técnica. Ele também tem duração de um dia e ocorre no Haras Tuiuti. Track-Day e cursos de aperfeiçoamento também estarão disponíveis.


Além disto, há outras opções disponíveis no leque de cursos oferecido pela empresa. Existem os módulos “Iniciante”, “Fundamental” e “Avançado”, todos com um dia de duração, e também alguns menores, considerados cursos de aperfeiçoamento, como o “Manobras e Controle em Baixas Velocidades”. Estes cursos são realizados no Campo de Provas da Pirelli, distante cerca de uma hora da capital paulista, e interessados podem usar as suas próprias motos ou locarem as disponibilizadas pelos organizadores.

Fonte: g6 Comunicação

Yamaha Crosser 150 tem recall por quebra do chassi


Empresa vai substituir os chassis das 46.196 motos com o defeito.
Chamado envolve modelos 2015 da motocicleta.




A Yamaha anunciou nesta segunda-feira (16) o recall da moto XTZ 150 Crosser por possibilidade de quebra do chassi. De acordo com a empresa, os proprietários de 46.196 unidades da moto de modelo 2015 devem agendar a substituição do item em uma concessionária da empresa.

VEJA CHASSIS ENVOLVIDOS (MODELO 2015):
Crosser ED: 9C6DG2510F0000101 a 9C6DG2510F0037696
Crosser E: 9C6DG2520F0000101 a 9C6DG2520F0008800

Foi identificado que, em determinadas situações de uso frequente da motocicleta, em pisos irregulares com trepidação constante, pode ocorrer uma concentração de tensão no reforço do tubo dianteiro inferior, acima dos limites projetados para o componente.

Nessa hipótese, podem ocorrer trincas na peça e, em casos extremos, o seu rompimento, acarretando perda da estabilidade e risco de acidente com queda e lesões aos usuários.

O tempo médio de atendimento é de 8 horas para substituição do chassi.

Para informações adicionais, a empresa disponibiliza o site www.yamaha-motor.com.br ou o telefone 0800774 3738, no horário comercial.


fonte - g1.com

segunda-feira, 9 de maio de 2016

DICAS SOBRE CURVAS


Com certeza que você já leu algo ou ouviu alguém comentar que tal moto é boa (ou ruim) de curvas ou até você mesmo, andando em motos de modelos diferentes sentiu em algum momento, alguma dificuldade em contornar uma determinada curva.`

É comum confundir-se uma “moto ágil” – aquela que responde rápido a qualquer solicitação (um simples toque no guidom, por exemplo) com “moto bo...a de curva” – aquela que contorna a curva com segurança e que permite grande inclinação.
A facilidade ou dificuldade de contornar as curvas é determinada por muitas variáveis como distância entre–eixos, perfil dos pneus, tipo de chassi, tamanho das rodas e peso do conjunto, entre outras coisas.

A FÍSICA DA CURVA
Na curva existe uma força que tende a “jogar a moto para fora”: a chamada força centrífuga.
As máquinas de lavar secam parcialmente a roupa usando a força centrífuga. A roupa molhada é colocada num cilindro oco, que possui furos na parede. Ele gira rapidamente, forçando a água a sair pelos furos. É como se houvesse uma força empurrando a água na direção dos furos. Essa força é a força centrífuga.
Quando você faz uma curva, existe esta mesma força centrífuga, que o joga para fora da curva. A força centrífuga depende do peso do veículo, de sua velocidade e do raio de curvatura da curva. De modo geral, a força centrífuga que atua sobre uma moto 125 cc é menor do que em uma motocicleta de 300 cc que está com a mesma velocidade.
Na curva, a melhor maneira de reduzir a ação da força centrífuga é reduzir a velocidade. Quanto menor for ao raio de curvatura da curva, maior será a força centrífuga que atuará sobre a motocicleta. Numa curva com raio de 15 metros, a força centrifuga é o dobro do que numa curva com raio de 30 metros (para a mesma velocidade da moto).
Além da força centrífuga, o conjunto motocicleta/ piloto está sob ação da força peso. Inclinando a motocicleta, você mantém o equilíbrio entre a força centrífuga e a força peso. Quanto maior for a força centrífuga, maior será a inclinação necessária para manter o equilíbrio da moto.

ETAPAS DA CURVA
São três os passos básicos:
Reduzir - Reduza a velocidade antes de iniciar a curva, fechando o acelerador e, se necessário, usando os freios. Use a cabeça e os olhos para direcioná-lo. Olhe através da curva para o ponto aonde quer chegar. Olhe para o final da curva. Muitos acidentes acontecem porque por vício de pilotagem ou não, muitos deixam o olhar fixo para frente enquanto percorrem as curvas. Outros olham para o chão bem próximo, bem à sua frente. Olhe para o final da curva, cumpra seu traçado. Gire somente a cabeça e não os ombros. Assim estará programando a trajetória. Experimente. É fantástico! Parece que a moto vai sozinha.

Inclinar - Para virar, a moto tem de se inclinar. Para inclinar a moto, empurre o guidão na direção da curva. Velocidades mais altas ou curvas mais apertadas exigem um ângulo de inclinação maior. Durante as curvas normais, o piloto e a moto devem se inclinar juntos. Em curvas mais lentas, incline só a moto e mantenha o corpo reto.

Recuperar velocidade - Reduza o acelerador enquanto vira. Evite desacelerar enquanto estiver na curva. Mantenha a velocidade constante e então acelere gradualmente assim que visualizar o final da curva.

O LIMITE FÍSICO E O LIMITE DE SEGURANÇA
O limite físico é o limite onde as partes fixas da moto como pedaleiras, mata cachorro, descanso lateral e central, escapamento e bolsas laterais encostam no chão durante a curva.
O limite de segurança é o limite da borda lateral do pneus, conhecido como “ombro” ou “borda de ataque” como muitos pilotos o chamam; é limite da aderência com o piso. Reconhecidos estes limites é possível traçar uma trajetória correta e segura da curva. Só que estes limites são diferentes para cada estilo de moto e de forma geral podem ser definidos assim:

Esportiva – limite físico (pedaleiras) e de segurança (pneus) bem altos e, normalmente, as pedaleiras encostam no chão antes de se chegar ao “ombro” dos pneus;

Custom – possuem muito limite de segurança (pneus), porém com pouco limite físico (pedaleiras ou plataformas baixas); é comum contornar curvas raspando a pedaleira sem chegar nem perto do limite de segurança (pneus);

Scooter - o que pode ser muito aproveitado é a sua agilidade, não precisando muito de inclinação para se manter na trajetória da curva. Mas são motos com limites razoáveis tanto no perfil de seus pneus quanto nos limites físicos;

Street e CUB – possuem ótimos limites fisico e de segurança. Mas deve-se tomar cuidado com alguns modelos que têm pedaleiras fixas (não retráteis), pois se encostarem no chão com muita força a roda traseira sai do chão e...

Naked – aqui temos que tomar muito cuidado! Muitas nakeds possuem limite físico muito alto (igual as esportivas). Porém, como há diferenças nas suspensões, o peso do piloto não irá influenciar tanto para baixar a moto e fazer as pedaleiras fazerem o limite físico. Alguns modelos podem vir com pneus de pouca flexibilidade e assim, é preciso muita atenção com as naked;

Trail e Big Trail – taí um estilo curioso. Muitos acham que por serem altas, os limites físicos (pedaleiras) não encostam no chão. Mas com pneus mais voltados para asfalto e com suspensões mais macias, o peso do piloto influencia muito. Há motos neste estilo que são muito altas e os limites de segurança das laterais dos pneus são poucos em relação a sua ciclística. Então, ao invés de inclinar demais, aproveite de sua agilidade.

Motard – agilidade com muito limite de inclinação. Pedaleiras encostam facilmente no chão e ainda tem pneu para inclinar.

Fonte:honda.com, somotoca.com

Dicas sobre Triciclos

Como medir o Trail

Trail

O trial é somente uma medida mas é o que vai proporcionar mais ou menos facilidade na direção das motos e triciclos. Quando esta medida está desfavorável, ou seja, a geometria da frente (em motos ou triciclos) não é boa, observamos efeitos desagradáveis e até perigosos, cujos os principais são: instabilidade na direção em velocidades altas em retas e/ou dificuldade de "atacar" as curvas corretamente.

Por isso algumas pessoas que constroem triciclos usam artifícios, alguns funcionam outros não funcionam. Uns costumam usar amortecedor na direção, para evitar a instabilidade, outros utilizam uma frente mais pesada e/ou roda dianteira mais larga procurando compensar baixa capacidade de fazer curvas.

Nada disso é necessário quando o trial esta correto. Pra TRICICLOS esta medida está entre 2,5 e 5 cm. Com esta medida será possível ter estabilidade em altas velocidades e fazer bem curvas, respeitando o fato de ser um triciclo e não um Porshe ou um R1.

Diferente do que alguns pensam, mais trial (15 ou 20 cm) não será melhor pois vc terá mais estabilidade em velocidades altas e nenhuma capacidade de fazer curvas. Quanto mais fechada for a curva pior será.

Por outro lado não é difícil encontrar na prática trial 0 (zero) e até negativo, extremamente perigoso para dirigir.

Obs: O trial está entre 10 e 15 cm para motos "estradeiras", que tem mais trial do que as motos esportivas que tem um projeto voltado para melhor performance nas curvas, portanto trial bem menor, o que fica evidente pela menor inclinação do garfo.

A geometria* é a seguinte:



* A geometria é a mesma para triciclos ou motos.
Para uma boa referencia sobre isso visite também o site http://trikerdon.50megs.com/raketrailtrike.htm (Em inglês).

Copyright BrazilTrike®




DICAS DO MOTOR DO FUSCA

Fuscas têm motores antigos, com distribuidor, platinado, estas coisas...
Eventualmente, é possível colocar um distribuidor de Kombi, sem platinado,
mas permanece a necessidade de manter o motor "no ponto". Isto é feito
facilmente, em sua própria casa!
A receita a seguir, foi colocada no Fórum pelo Alexandre Sousa (Ansousa) e
diz, passo a passo, como fazer:
Se o carro está funcionando legal é porque você não errou a ordem dos
cabos certo?
O Buggy tem ignição eletrônica ou é convencional com platinado? Na
convencional, troque o condensador sem perdão pois não custa nada e não é
possível testá-lo e quando está com problemas não é fácil detectar se o
defeito é dele ou do resto do sistema de ignição.
VERIFIQUE O PLATINADO
O Platinado está legal? os contatos estão gastos por igual ou tem um mais
gasto que o outro? Se tiver, foi pelo defeito do condensador. Se estiver
pouco gasto pode lixar os contados com uma lixa bem fina (use lixa d´água
- sem água - dobre-a, de modo que fique dois lados da lixa aparecendo,
coloque entre os contatos e lixe os dois contatos ao mesmo tempo, com a
mola do platinado atuando para os contatos ficarem paralelos.
AJUSTE A FOLGA DO PLATINADO
A folga do platinado está ok? Para ajustar na folga ideal é preciso
colocar qualquer um dos cames (são os quatro ressaltos) da árvore do
distribuidor na posição em que o platinado fique o mais aberto possível.
Sem desmontar o distribuidor, com a tampa fora, gire o volante do motor ou
com o carro em 4a. marcha empurre o carro para frente ou para traz até
chegar na posição de abertura máxima.
Com um calibrador de lâminas, coloque 0,4 mm de abertura. A lâmina precisa
deslizar entre os contatos do platinado. Na emergência você pode usar um
pedaço do papelão da caixa do próprio platinado para colocar a folga.
AJUSTE ESTÁTICO DO PONTO
Coloque o volante do motor com a marca da polia voltada para cima
(empurre o carro em 4a. marcha ou gire a polia com cuidado). Olhando de
cima, a marcação da polia (pequeno corte em "V"), deve ficar alinhada
com a emenda das carcaças do bloco do motor. Nesta posição o rotor deve
estar apontando "mais ou menos" para o cabo do cilindro no. 1. e um
traço do rotor coincide também com uma ranhura no corpo do distribuidor.
OK?
DESENGRENE O CARRO E PUXE O FREIO DE MÃO para que o volante motor NÃO
saia da posição.
Com o distribuidor ainda sem a tampa, afrouxe um pouco a porca do
parafuso que prende a base do distribuidor, apenas o necessário para que
você consiga gira-lo um pouco.
Retire o cabo que entra na bobina.
LIGUE a chave de ignição SÓ PARA ACENDER o painel, certo?
Agora D-E-V-A-G-A-R gire o rotor no sentido HORÁRIO até que o platinado
fique completamente fechado - a regulagem anterior do platinado é
importante por isso. Se aquela estiver fora, o ponto já começa a ficar
fora aqui.
Quando ele ficar todo fechado, novamente D-E-V-A-G-A-R gire no sentido
ANTI-HORÁRIO até sair uma centelha entre os contatos do platinado . Vai
fazer um barulhinho -click (este o processo de aumento do valor da
centelha pela interrupção do condutor que tinha falado). Se você passar
dessa posição volte o distribuidor um pouco e faça o movimento de novo
D-E-V-A-G-A-R. Quando saltar a centelha PRONTO, está no ponto estático.
Aperte a porca com o cuidado de não tirar do ponto.
AJUSTE DINÂMICO DO PONTO
Para ajustar o PONTO DINÂMICO é necessário montar tudo, tampa cabos, etc.
para colocar motor para funcionar.
Com tudo montado, afrouxe novamente a porca de fixação do distribuidor,
só o necessário para girar o distribuidor e ligue o motor.
CUIDADO: Agora, com o MOTOR FUNCIONANDO gire D-E-V-A-G-A-R o
distribuidor (segura pela base e CUIDADO com a CORREIA) no sentido
HORÁRIO até que a rotação DIMINUA um pouco (quanto mais girar neste
sentido mais diminuiu a rotação até começar a chocalhar). A partir deste
ponto, gire no sentido ANTI-HORÁRIO até que a rotação volte a subir e
atinja uma rotação máxima onde, se continuar a girar neste sentido, vai
começar a "bater pino". O ponto dinâmico é o ponto em que se obtém o
limite rotação sem o início da batida de pino.
Se você achar que este é ponto, DESLIGUE o motor e aperte a porca do
distribuidor.
Para COMPROVAR se este ponto está certo, existe 3 meios:
1o. Ligue novamente o motor. Ele deve pegar "no estalo" (só não pega no
"estalo"se o carburador estiver com problemas e fora da regulagem da
mistura e da marcha lenta). NÃO pode girar pesado. Se girar pesado, é
porque o ponto está muito adiantado. Afrouxe a porca e dê um toque no
giro para o sentido horário. Ligue novamente. Tem que ligar no "estalo".
2o. Ligue o carro, puxe o freio de mão e tente sair de 3a. soltando a
embreagem D-E-V-A-G-A-R até a rotação começar a diminuir quase perto do
motor "morrer". NÃO pode ser ouvido nenhum barulho de "batida de pino".
Se ouviu, é porque o ponto ainda está um pouco adiantado. Afrouxe a
porca e novamente atrase um pouco o ponto.
3o. É o teste de rua. Ande com o carro e veja se ele está desenvolvendo
bem ou está "preso".
OBS: Quanto mais adiantado melhor, no limite máximo de não começar a
"bater pino".
O carro "bate pino" quando força o motor, seja na saída de uma ladeira
numa subida ou quando andar com o carro em velocidade baixa, e com marcha
alta e acelerar rápido para ver se ele está "batendo".
Fonte>triciclosshow.blogspot.com.br

Historia dos Motoclubes

Conheça um pouco da história dos motoclubes

A História dos Motoclubes nos reserva surpresas - Motormaids
No Brasil a primeira associação a primeira associação fundada em 1927 foi o Moto Club do Brasil sediado na Rua Ceará no estado do Rio de Janeiro, alguns anos depois, mais precisamente em 1932 surgiu o Motoclub de Campos. E talvez seja este o mais antigo MC que se tem notícia no mundo. Lá fora, nesta época (Década de trinta) estavam surgindo moto clubes com tendência mais rígida e muitos acontecimentos vieram a expor a imagem do motociclista ao ridículo principalmente pela imprensa sensacionalista da época que acusava os motociclistas de arruaceiros, desordeiros e outros superlativos.Mais tarde, algumas produções de Hollywood serviram para incentivar verdadeiros desordeiros a criarem motoclubes e formar gangues. Tal fato fez da Década de 50’, a página negra na história do motociclismo. Mas isso está mudando, pena que ainda somos confundidos com arruaceiros que aparecem em encontros fazendo bagunça do tipo estouro de escapamento, borrachão com pneu e etc.
Moto Clube do Brasil
Mais tarde, já na Década de 60’ as motocicletas voltaram a ser tema de Hollywood com Elvis Presley, Roustabout e Steve McQueen com ‘A Grande Fuga’, uma série de filmes que chegou ao seu auge com ‘Easy Riders’. Finalmente inicia-se a mudança da imagem do motociclista com o início da sua fase romântica, que perdurou até o final da Década de 70’. Este período fixou o motociclista como ícone de liberdade e resistência ao Sistema. No Brasil, nessa época, surgiu em São Paulo-SP o Zapata MC (1963) e já no final da Década, no Rio de Janeiro, o Balaios MC (1969) grupo este que já seguia os novos padrões internacionais e o princípio de irmandade.
Antes dos Bodes, eram os maiores do BrasilA partir da Década de 70’ viu-se a implantação de diversos motoclubes pelo mundo, a maioria já seguindo o princípio de hierarquia e irmandade. No Brasil a popularização iniciou-se na Década de 90’, quando da liberação da importação pelo governo do então presidente Collor. O maior MC brasileiro era OS ABUTRES que perderam o lugar para a irmandade BODES DO ASFALTO um MC exclusivamente de Maçons. 
O maior MC do mundo é HELLS ANGELS MC (EUA – 1948) Os MCs mais antigos são, no Brasil (talvez no mundo) o Moto Club do Brasil(1927) e nos EUA são as Motormaids(1940) M.C. (isso mesmo: um MC de mulheres segundo a AMA- USA).
Os maiores do mundo
História dos MCs nos Estados Unidos - E lá fora, como começou?
Provavelmente (por que não é reconhecido pela AMA-US) o primeiro moto clube americano (USA)  apareceu após a ‘Grande Depressão’ e que se mantém vivo até hoje é o Cook Outlaws M.C. (1936). Esse grupo era radicado em Cook, cidade de Illinois e mantinha seu território até Chicago. O Cook Outlaws M.C. tornou-se mais tarde o Chicago Outlaws MC e hoje é conhecido como Outlaws Motorcycle Club ou Outlaws MC.
OutlawsO símbolo dos Outlaws M.C. era gravado na parte detrás dos coletes e consistia simplesmente no nome do clube; as vestes e os revestimentos de couro, assim como o escudo e símbolos de cada facção não existiam nessa época. É interessante notar que de acordo com o site do Outlaws M.C., o logotipo do moto clube (isto é “Charlie,” um crânio centrados sobre dois pistões e bielas cruzadas, similares a bandeira do pirata Jolly Roger) foi influenciado pelo vestuário do filme ‘The Wild One’, estrelado por Marlon Brando em 1954.
Conheça as Motormaids
Mas o motoclube mais antigo, segundo a AMA não é formado por homens, mas por mulheres! Sim,mulheres! O motoclube feminino chamado Motormaids é o que mantêm o título de moto clube mais antigo (mais de 60 anos) de acordo a American Motorcyclist Association Club– AMA, (veja a revista AMA) associação que concedeu a carta patente de motoclube mais antigo já em 1940. As Motormaids M.C. mantiveram uma identidade singular e uma estrutura hierárquica interna igual desde seu início.  E, pasmem! Ao contrário do que muita gente imagina as Motormaids M.C. são sim o motoclube (certificado e com carta patente) mais antigo inclusive que o mundialmente famoso Hells Angels M.C. que  teve origem em 1947 e mais ainda do que os OUTLAWS MC.
Os Outlaws MC, criados em 1936, reivindicaram a patente de mais antigo, mas eles realizaram duas modificações em seu nome no decorrer desse tempo e acabaram por não conseguirem provar que era o mesmo MC e, por isso, não obteve a carta patente de mais antigo MC do mundo segundo a AMA americana. Portanto, marmanjos, o MC mais antigo da América do Norte é formado por mulheres motociclistas. E nunca mais fale que moto não é coisa de mulher, ok?
A campanha da imprensa americana contra os MCs
Como se formou a imagem ruim dos motociclistas perante a opinião pública
Associação Americana de Motociclismo
Muitos atribuem a um filme, mas o fato que gerou todo esse preconceito contra motociclistas e MCs teve início a partir de um incidente. Tal fato acabaria definitivamente com a onda e a imagem dos MCs bonzinhos. O fato aconteceu em Hollister, Califórnia, em 4 de julho de 1947. Esse episódio foi tema de uma distorcida reportagem feita pela Revista Life onde ela misturou o novo perfil dos motociclistas ao incidente e fez com que os motoclubes não ligados a AMA ganhassem popularidade.
Naquela época, apenas os membros da AMA recebiam o certificado de motoclube o que dava permissão de competir em provas de velocidade. O mundo da competição era um fator determinante para a formação e difusão dos motoclubes nos EUA. A AMA era responsável pelas regras relativas aos seus membros, pela segurança nas corridas, bem como pela ‘imagem familiar’ que os eventos necessitavam ter para a venda de ingressos.
Em 4 de julho de 2007, uma falha de organização dentro da AMA provocou um pequeno incidente em Hollister, Califórnia e depois dele a imagem dos motociclistas não seria mais a mesma. Nesse fim de semana, ocorreu o encontro de vários motoclubes, incluindo Pissed Off Bastards of Bloomington (POBOB) e os Boozefighters Motorcycle Clubs, todos atraídos pelas corridas anuais que a AMA promovia por todo os EUA. Como estes eventos eram considerados de primeira linha, uma legião de motociclistas, membros de moto clubes ou não, se faziam presentes. Naquele dia uma mistura de álcool e adrenalina resultou em incidentes. Membros de moto clubes e não membros passaram a competir pelas ruas da cidade, regados a grande quantidade de cerveja. A confusão produziu pequenos incidentes, entre eles dano ao patrimônio e atentados ao pudor, mas nada parecido com “um cerco à cidade”, como a revista Life noticiou.
A dúvida sobre o que realmente aconteceu em Hollister sempre existirá, pois a maior parte das pessoas que viveram aquele final de semana já faleceu e por isso a verdade nunca apareça. As reportagens da época retratam Hollister como uma cidade tipicamente interiorana que foi abalada pela chegada de ‘motoqueiros arruaceiros’ que fizeram da cidade um pandemônio, no entanto, há registros de que Hollister já havia recebido outras corridas de motocicletas, inclusive a própria Gypsy Tour, em 1936. Com isso, pode-se afirmar que a cidade calma foco das reportagens, também não é verdadeira. O certo é que anos mais tarde, também em Hollister, por muito pouco, outra confusão não aconteceu. Em 1997 tentaram comemorar o aniversário de 50 anos do incidente, mas não deu muito certo, pois, de novo, a cidade não tinha capacidade de receber milhares de motociclistas.
EUA, 04 de julho de 1947, Hollister, Califórnia – O dia em que tudo mudou
A foto que escandalizou a AméricaO incidente ocorrido em 04 de julho de 1947 em Hollister, Califórnia (USA) pode ser atribuído a um erro de cobertura de imprensa e a um texto sensacionalista que tinha como objetivo vender mais jornais (prática da época). De acordo com relatos, Barney Peterson, um fotógrafo do San Francisco Chronicle, publicou a foto de um motociclista bêbado equilibrando-se precariamente sobre uma motocicleta Harley-Davidson, cercado por cascos de cerveja quebrados e segurando uma cerveja em cada mão com a seguinte manchete: “e assim, a América”
O San Francisco Chronicle exagerou quando, no artigo, afirmava que “motociclistas realizavam competições em todas as ruas e entravam com suas motocicletas dentro de bares e restaurantes”.  Para piorar este episódio a revista utilizou palavras como “terrorismo” e “pandemônio”. Também afirmavam que as mulheres que acompanhavam os motociclistas eram qualquer coisa, menos “senhoritas americanas”.
O artigo serviu para insuflar os ânimos na região e logo apareceram os primeiros desentendimentos que resultaram até em morte. A revista Life, em 21 de julho de 1947, aproveitando o momento, publicou um artigo usando a mesma foto do motociclista bêbado com o seguinte título: “Ele e os seus amigos aterrorizam a cidade” (Cyclist’s Holiday: He and Friends Terrorize Town). O artigo afirma que “quatro mil membros de um moto clube eram responsáveis pelo tumulto.” Mais do que um exagero essa afirmação era uma deslavada mentira, pois nenhum motoclube havia conseguido juntar, pelo menos a metade desse número, naquela época.
Bastaram apenas 115 palavras colocadas logo abaixo de uma imagem gigantesca de um motociclista bêbado para causarem tumulto por todo país. Alguns autores afirmaram que a AMA liberou para imprensa uma nota que desmentia a sua participação no evento de Hollister e indicava que 99% dos motociclistas eram pessoas de bem, cidadãos cumpridores da lei, e que os clubes de motociclistas da AMA não estiveram envolvidos na baderna. Porém a Associação Americana do Motociclista não tem nenhum registro de tal nota.  A revista Life publicou o comentário de pelo menos de três pessoas, uma delas era Paul Brokaw, um proeminente editor de um periódico chamado Motorcyclist.  Brokaw ‘detona’ a Revista Life considerando que a imagem publicada era totalmente descabida e mentirosa.
A íntegra da carta do editor à LIFE
Brokaw, em carta ao editor da Life destaca sua indignação com a forma pela qual o fato fora tratado pela revista:
“Senhores,
As palavras mal servem para expressar meu choque ao descobrir que o retrato do motociclista foi obviamente preparado e publicado por um fotógrafo interesseiro e sem escrúpulos.
Nós reconhecemos, lamentavelmente, que houve uma desordem em Hollister – não ato de 4.000 motociclistas, mas de um por cento desse número, ajudada por um grupo de não motociclistas apostadores. Nós, de forma alguma, estamos defendendo os culpados – de fato é necessária uma ação drástica para evitar o retorno de tais comportamentos.
Entretanto, vocês devem entender que a apresentação dessa foto macula, inevitavelmente, o caráter de 10.000 homens e mulheres inocentes, respeitáveis, cumpridores das leis e que são os representantes verdadeiros de um esporte admirável.”
Paul Brokaw
Editor, Motorcyclist
Los Angeles, Calf.
Enquanto os motociclistas comuns e as moto-organizações estavam tentando se distanciar do ocorrido em Hollister, clubes como o Boozefighters buscaram se enquadrar a ele. Assim, o evento de Hollister de 1947 era o que faltava para a consolidação dos motoclubes não alinhados a AMA, ou seja, os “Outlaw Motorcycle Clubs”. Vale ressaltar que estes MCs nunca pertenceram a AMA, logo não foram banidos ou coisa parecida como alguns informam.
Entre 1948 e princípios dos Anos 60’ os clubes de motociclistas (não aliados a AMA) se espalharam para fora da Califórnia estabelecendo um novo capítulo na história do motociclismo nos Estados Unidos. Outlaws Motorcycle Clubs tais como os Sons of Silence Motorcycle Club, surgiram no meio oeste, os Bandidos Motorcycle Club, no Texas; os Pagans Motorcycle Club, na Pennsylvania; entre outros. Durante este período, vários membros do Pissed Off Bastards of Bloomington saíram do seu clube e formaram a primeira versão dos Hells Angels Motorcycle Club (HAMC). No mesmo período, os Boozefighters, um dos Outlaws Motorcycle Clubs originais, iniciou o declínio no número de membros.
O Vietnam e os “Bebês Assassinos”
Um ponto significativo na evolução dos motoclubes 1%
O conflito do Vietnam (1958-1975) pode ser visto como um dos fatos mais recentes que contribuíram para o aumento dos Outlaws Motorcycle Clubs. Se o retorno dos veteranos da 2ª guerra foi um fator que auxiliou na formação desses motoclubes, o conflito do Vietnam foi à pólvora que faltava para explodirem. Veteranos desse conflito eram humilhados pela população em geral. Chegaram a ser rotulados de “bebês assassinos”. Alguns receberam cusparadas e xingamentos nos aeroportos e, muitas vezes, foram recusados em bons empregos, isso após “terem cumprido com o seu dever” para com o país.
No meio dessa confusão surgem os motoclubes 1%. Eles emergem em uma escala nacional tendo como suporte o surgimento dos Outlaw Motorcycle Clubs. Para concretizar este nascimento, os clubes dominantes da época foram além. Observando a declaração atribuída a AMA (de que os arruaceiros eram apenas 1%), buscaram para si a responsabilidade de fazer parte daquele 1% que foi apontado em Hollister. Assim, criaram a organização sem regras explícitas, não alinhada a AMA, ou seja, assumidamente Outlaw Motorcycle Club e passaram a se identificar por meio de um emblema em forma de diamante com a inscrição 1%. Concordaram também em estabelecer limites geográficos ao qual cada MC teria domínio.
Um ponto significativo na evolução dos motoclubes 1% se evidenciou no verão de 1964 na Califórnia. Nesta época, dois membros do Oakland Hells Angels Motorcycle Club foram presos e acusados de terem estuprado duas mulheres em Monterey, no entanto, pouco tempo depois foram liberados, devido a insuficiência de provas. Esse episódio foi à desculpa que faltava para que o governo do estado da Califórnia voltasse os olhos para os outlaw motorcycle clubs. Ainda em 1964, o senador Fred Farr exigiu uma investigação imediata sobre os estas organizações, encargo que ficou sob a responsabilidade do general Thomas C. Lynch.
Uma tradição que está perto de completar 100 anosDuas semanas mais tarde iniciaram-se as investigações. No ano seguinte, o General Lynch liberou ao público um relatório que esmiuçava as atividades dos outlaw motorcycle clubs tais como os Hells Angels. O relatório de Lynch pode ser considerado como a primeira tentativa de se classificar os clubes de motocicleta como um perigo para a comunidade e para o estado, entretanto, se resumiu em afirmar que essas organizações possivelmente cometiam crimes como sedução de jovens inocentes, estupro e pilhagem em pequenas cidades. O relatório foi largamente contestado, até mesmo dentro das organizações do estado. A imprensa, no entanto, percebendo que a história dos Outlaw Motorcycle Clubs vendia bem passou a publicar diuturnamente o lado negativo dessa organização. Talvez Andrew Syder seja o que melhor esboçou o efeito do relatório de Lynch. Segundo ele, o relatório moldou o conceito de motoclube na opinião do cidadão americano de forma negativa. Essa afirmação pode ser compreendida quando se observa os noticiários da época e ainda os dos tempos atuais. Nada, ou pouco mudou.
Os motoclubes ainda são a melhor forma de expressar o motociclismo estradeiro, mas é bom lembrar que todas as corridas que hoje vemos mundo afora começaram com eventos promovidos pela AMA-USA. Tais eventos foram os precursores de tudo o que vem a ser o mercado de motos hoje. Os motoclubes podem até perder o seu pique de crescimento, mas nunca vão perder o glamour.
Não é demais lembrar que uma das mais geniais jogadas de marketing da história do motociclismo foi feita pela Honda quando ela entrava no mercado americano. Honda modificou a forma de se comercializar motocicletas nos EUA, acabando com o sistema de consignações e fazendo com que o americano com cara de good boy trocasse o carro por uma scooter japonesa. Não satisfeito, Honda obteve as primeiras colocações vendendo motos e carros na terra da Harley Davidson e de Henry Ford. O anúncio, oportuno para a época, falava que você encontrava gente bonita numa Honda.
Antes de Honda as oficinas americanas usavam o sistema de consignação e abriam aos fins de semana. Honda mudou isso para o modelo que hoje ainda vigora. Mas nunca é demais lembrar que tudo isso passou a acontecer quando alguém decidiu criar um clube de consumidores de motos e acessórios chamado – motoclube.

fonte motoonline -por Luís Sucupira | 

origem do termo bobber



As bobbers surgiram na década de 40, logo após a segunda guerra mundial, quando milhares de soldados que retornavam para suas pacíficas vidas, encontraram a emoção que a camaradagem que eles procuravam na motos.

Foram eles que criaram as primeiras bobbers: motos em sua mais pura essência, onde todo o supérfluo é retirado para deixá-las mais leves e rápidas. As customizações eram feitas na garagem de casa, com ferramentas e materiais simples, usando como base as motocicletas excedentes de guerra. Nelas, eram retirados os pesados paralamas, proteções, luzes indicadoras e, ao contrário das choppers, o quadro da moto era mantido original.

Essa motos modificadas pelos proprietários artezanalmente, eram chamadas bobbing ou chopin off, que traduzindo quer dizer cortar, tirar fora.
O termo bobbing acabou ficando bobber e chopin off  tornou-se chopper.


Segundo o Big Sid, a moda tomou força nos anos 50:
Quando as motos britânicas começaram a chegar no mercado Americano, a moda das bobbers tomou conta de vez. As motos britânicas eram mais rápidas, em parte porque eram mais leves, e elas começaram a vencer rachas e corridas na terra. No desespero, donos de Harleys e Indians começaram a modificar suas motos, tirando o máximo de peso possível para se manterem competitivos. Segundo Sid, bobbing era um termo usado em corridas de cavalo, onde os treinadores cortavam (to bob) o rabo de um cavalo.
Biberman, Matthew. Big Sid’s Vincati: The Story of a Father, a Son, and the Motorcycle of a Lifetime.

Algumas das características mais comuns das bobbers dessa época são a ausência ou a redução ao extremo do paralama dianteiro, o banco solo, o estilo minimalista, sem cromados ou adereços desnecessários, e as rodas dianteira e traseira de mesmo diâmetro para favorecer a ciclística.



Porém, nessa onda que se espalhou pelo mundo, e é hoje descrita por inúmeros adéptos como a personificação de uma máquina em acordo com seu proprietário, as choppers e bobbers chegam à sofisticação de serem feitas de acordo com a estatura e pêso do proprietário para torná-las mais exclusivas e confortáveis ao sentar e acionar os comandos de mãos e pés.
Segundo os aficcionados, a moto deve identificar o seu dono no estilo de vida e personalidade.
Há quem diga que se você faz uma moto, ela é sua, intransferível, invendável, não tem preço.


Fonte:olddogcycles.com/estilobobber.blogspot.com

10 maus hábitos que destroem sua moto

10 maus hábitos que acabam com sua moto 

Mão na embreagem o tempo todo? Pensa que amortecedor é eterno? Roberto Agresti alerta para maus hábitos até na hora da lavagem.

Você vai gostar bem mais de sua moto caso ela não lhe dê problemas, certo? Então, preste atenção nestes 10 maus hábitos que acabam com ela. A lista vai desde a falta de manutenção de corrente, óleo e pneus em dia até maus tratos a motor -que é mais exigido na moto que no carro- e embreagem, além de erros na hora de lavar.

Verificando o nível de óleo da moto (Foto: G1)
Verificando o nível de óleo da moto (Foto: G1)
1) Ignorar o óleo, este carente...
Não basta apenas trocar o óleo no prazo recomendado pelo fabricante. Motores de motocicletas, em geral, são mais exigidos que os de automóvel. Especialmente nos motores refrigerados a ar, o óleo tem dupla função, lubrificar e refrigerar o motor, o que torna vital prestar atenção nele.
E mais: nas motos o óleo do motor cumpre papel duplo, pois, ao contrário dos motores automobilísticos, que têm óleo de motor e óleo de câmbio, nas motos o óleo é um só. Rodar com óleo vencido é um grande pecado, assim como é grave o descuido do nível recomendado. Habituar-se a verificar se a quantidade está correta pela varetinha (ou pelo mais prático visor, que há em alguns modelos) deve ser um ritual frequente.

Observar o chão do lugar onde a moto fica estacionada em busca de manchas é o procedimento mais óbvio. Se há pingos, descubra de onde eles vêm. Se o motor não tiver sinais de vazamento evidentes, mas apenas locais úmidos, "babados" (nos quais frequentemente a fuligem adere e forma sujeirinha), o mecânico deve avaliar. Pode ser o caso de substituir juntas cansadas ou ver se tal perda não ocorre por conta de uma bem mais grave trinca no metal.
E se o óleo baixou? Opa, opa... Motores consomem óleo, mas isso deve ser algo mínimo (às vezes a quantidade admissível está indicada no manual da moto). Mas se o consumo do óleo se tornar alto – 20% do volume total entre os intervalos de troca já é muito –, procure saber a causa.
Grave mesmo será se a ponteira de escape estiver úmida e, quando o motor for acelerado, dela sair fumaça. Este é o sinal que está na hora de uma retífica, ou ao menos uma troca dos anéis e verificação da vedação das guias de válvulas.

Embreagem BMW (Foto: Divulgação)Embreagem deve ser poupada (Foto: Divulgação)
2) Mão 'colada' na embreagem
Quanto menos usada for a embreagem, mais ela vai durar. E, por "usada", entenda acionada. Parou no semáforo? Habitue-se a colocar o câmbio em ponto morto. Ficar com a mão apertando a alavanca de embreagem só se justifica se você souber que o sinal vai abrir rapidamente.
Outra coisa que "mata" a embreagem é o (mau) hábito de usá-la para dar a famosa "queimada" para fazer a rotação do motor subir levemente, o que pode até ser necessário em algumas situações (sair em uma rampa muito íngreme ou passar por um obstáculo de maneira suave, evitando trancos na transmissão). Porém, o melhor mesmo é usar a embreagem o mínimo e aprender a dosar o acelerador de modo correto.

Calibrando o pneu (Foto: G1)Calibrando o pneu (Foto: G1)
3) Pneus murchos
Tudo de ruim pode acontecer com pneus murchos: furam mais facilmente e, se um buraco for muito malvado, a carcaça pode ficar comprometida, se rompendo e obrigando você à crueldade que é ter que jogar fora um pneu com cara de novo, mas que não presta mais.

Outro dano que pneus com pressão abaixo da indicada acarretam diz respeito às rodas, que ficam mais vulneráveis a amassados ou, pior, quebras. Em pneus sem câmara a roda tem papel crítico, pois, se entortar e/ou amassar, facilitará a perda do ar. Assim, sempre que for sair com a moto dê uma passada de olhos nos pneus e respeite a calibragem recomendada pelo fabricante, verificando-a no mínimo uma vez por semana.

Kasinski Comet GT 650 (Foto: Caio Kenji/G1)Amortecedores tem de ser vistoriados e, quando 
preciso, trocados (Foto: Caio Kenji/G1)
4) Amortecedor 'eterno'
Alguns motociclistas acham que o amortecedor é eterno e jamais cogitam a troca. Eles vão se acostumando à perda da eficiência deste importante componente.
Na verdade, não importa se você anda devagar ou rápido ou se as ruas que você frequenta são bem pavimentadas ou não. Mais cedo ou mais tarde, será necessário trocar o amortecedor. Ou trocá-los, no caso de motos com um par de amortecedores na traseira.
Como o próprio nome diz, a função deles é amortecer: quando ficam velhos e perdem tal capacidade, causam em casos extremos trincas e até rupturas no chassi da moto, algo que definitivamente não é desejável. Na suspensão dianteira há necessidade de substituição do óleo e das molas internas. Quando? O modo mais fácil de verificar se a frente de sua moto está "cansada" é em frenagens mais fortes, pois nesta situação não deve nunca ocorrer o perigoso "fim de curso", ou seja, a suspensão perder a função, pois chegou ao batente inferior.

5) Desligar o motor na descida
É o famoso barato que sai caro: na ânsia de economizar combustível, muitos simplesmente desligam o motor e percorrem longos trechos em descida. Por que não pode? Porque o motor para de funcionar, mas a transmissão, não. As engrenagens internas do câmbio continuam trabalhando, acionadas pela corrente, e a lubrificação interna nessa condição não conta com a necessária (em alguns modelos) pressão da bomba de óleo, pois... o motor está desligado.
Outra variedade desse pão-durismo de graves consequências é deixar a moto deslizar estrada abaixo com a embreagem acionada e o motor em marcha-lenta. Nesse caso a bomba de óleo está funcionando, mas com pressão mínima, o que dá quase na mesma do que se o motor estivesse apagado 100%. E, além disso, neste caso, a embreagem acionada por longo período prejudica, como visto lá no alto, partes do sistema, principalmente a bucha da campana (em motos que a possuem).

Corrente de moto com a tensão correta (Foto: G1)Corrente de moto com a tensão correta (Foto: G1)
6) Corrente frouxa e ressecada
A vida útil de uma corrente e seus parceiros, a coroa e o pinhão (conjunto chamado de transmissão secundária), depende fortemente do quanto você vai lubrificá-la.
Não são componentes eternos, mas. especialmente a corrente, podem "viver" muito mais caso recebam frequentemente um spray lubrificante adequado a este fim. É um tipo de óleo que tem como característica aderir à superfície e não ser arremessado rumo à sua calça nova ou, pior, à de sua passageira pela força centrífuga, quando a moto entra em movimento.
E o planeta diz obrigado também, já que o lubrificante específico para correntes de transmissão usado no lugar do mais popular óleo queimado de motor é ecologicamente mais correto. Outra ação que aumenta a vida útil da transmissão secundária é manter a corrente na tensão correta, nem muito esticada, nem muito frouxa.

7) Caixa de direção folgada
Sensibilidade é preciso, mas não muita, para notar que a caixa de direção afrouxou. O mais evidente sintoma são barulhos vindos da região abaixo do guidão, um "toc, toc, toc" que é mais fácil de perceber em ruas esburacadas. O que fazer? Aperto já. Sem o devido ajuste, o que seria apenas um pequeno probleminha solucionável por uma simples ação do seu mecânico e ferramenta apropriada se torna um custo mais alto, pois andar com a caixa folgada implicará na avaria dos rolamentos.
E, como saber se os rolamentos já estão ruins? Simples: levante a roda dianteira do chão (coloque a moto no cavalete central ou, caso não haja, peça a alguém para inclinar a moto no cavalete lateral o suficiente para você fazer o teste...) e sinta se não há "calos" ao virar o guidão de um lado para o outro. Fazer isso em chão bem liso não é ideal, mas também funciona. Atenção: tão ruim quanto andar com a caixa de direção solta é andar com ela muito apertada, o que se nota pela dificuldade em girar o guidão. Neste caso, não só o rolamento sofre como a dirigibilidade fica prejudicada.

8) Rotação baixa ou alta demais
Forçar o motor não é, como muitos pensam, apenas "esticar as marchas", usando-o em altas rotações por longos períodos. Tão prejudicial quanto é rodar em rotações muito baixas. Há motociclistas que têm preguiça de reduzir as marchas e deixam o motor cair de rotação exageradamente, um erro que se paga caro, pois isso reduz a durabilidade tanto quanto o oposto, ou seja, a rotação alta demais. O ideal é nunca abusar dos extremos.

Lavando a moto (Foto: G1)Cuidado com a pressão da água ao lavar (Foto: G1)
9) Lavagem com jato de água
Lavar a moto? Sim, mas cuidado com as máquinas que lançam jato de água com pressão. Motores (mas também componentes de suspensão) têm retentores cá e lá, dispositivos nascidos para, como diz o próprio nome, reter seja o que for o caso, óleo ou outro tipo de líquido.
Acontece que eles foram bolados para resistir principalmente à  pressão de dentro para fora, e, quando recebem um jato de água na direção oposta, adeus. Outra vítima frequente desses jatos d'água sob pressão são os adesivos, especialmente aqueles das partes plásticas. O segredo, ao lavar a moto usando as "waps" da vida é não exagerar na proximidade do jato e evitar mirar em um só lugar por muito tempo.

Fique atento ao aviso de combustível baixo (Foto: Caio Kenji/G1)Fique atento ao aviso de combustível
baixo (Foto: Caio Kenji/G1)
10) Gasolina 'batizada'
Miséria custa caro. Escolher qualquer gasolina nestes tempos de "safadeza generalizada" é mais do que arriscado. Nas motos com carburador, o efeito de uma gasolina "batizada" se percebe na hora: a moto falha, perde desempenho e, em caso extremo, deixa de funcionar.
Já nos modelos com injeção eletrônica o problema pode ser mascarado pelo sistema – mas uma dificuldade maior ao ligar o motor e, claro, perda de desempenho aliada a consumo elevado, dá bandeira que o combustível é ruim. E assim como nos automóveis, muitas das motos atuais têm suas bombas instaladas dentro do tanque e dependem de razoável quantidade de gasolina para funcionarem bem, evitando um mortal (para a bomba...) superaquecimento.
 Fonte: G1 - Roberto Agresti