segunda-feira, 9 de maio de 2016

DICAS SOBRE CURVAS


Com certeza que você já leu algo ou ouviu alguém comentar que tal moto é boa (ou ruim) de curvas ou até você mesmo, andando em motos de modelos diferentes sentiu em algum momento, alguma dificuldade em contornar uma determinada curva.`

É comum confundir-se uma “moto ágil” – aquela que responde rápido a qualquer solicitação (um simples toque no guidom, por exemplo) com “moto bo...a de curva” – aquela que contorna a curva com segurança e que permite grande inclinação.
A facilidade ou dificuldade de contornar as curvas é determinada por muitas variáveis como distância entre–eixos, perfil dos pneus, tipo de chassi, tamanho das rodas e peso do conjunto, entre outras coisas.

A FÍSICA DA CURVA
Na curva existe uma força que tende a “jogar a moto para fora”: a chamada força centrífuga.
As máquinas de lavar secam parcialmente a roupa usando a força centrífuga. A roupa molhada é colocada num cilindro oco, que possui furos na parede. Ele gira rapidamente, forçando a água a sair pelos furos. É como se houvesse uma força empurrando a água na direção dos furos. Essa força é a força centrífuga.
Quando você faz uma curva, existe esta mesma força centrífuga, que o joga para fora da curva. A força centrífuga depende do peso do veículo, de sua velocidade e do raio de curvatura da curva. De modo geral, a força centrífuga que atua sobre uma moto 125 cc é menor do que em uma motocicleta de 300 cc que está com a mesma velocidade.
Na curva, a melhor maneira de reduzir a ação da força centrífuga é reduzir a velocidade. Quanto menor for ao raio de curvatura da curva, maior será a força centrífuga que atuará sobre a motocicleta. Numa curva com raio de 15 metros, a força centrifuga é o dobro do que numa curva com raio de 30 metros (para a mesma velocidade da moto).
Além da força centrífuga, o conjunto motocicleta/ piloto está sob ação da força peso. Inclinando a motocicleta, você mantém o equilíbrio entre a força centrífuga e a força peso. Quanto maior for a força centrífuga, maior será a inclinação necessária para manter o equilíbrio da moto.

ETAPAS DA CURVA
São três os passos básicos:
Reduzir - Reduza a velocidade antes de iniciar a curva, fechando o acelerador e, se necessário, usando os freios. Use a cabeça e os olhos para direcioná-lo. Olhe através da curva para o ponto aonde quer chegar. Olhe para o final da curva. Muitos acidentes acontecem porque por vício de pilotagem ou não, muitos deixam o olhar fixo para frente enquanto percorrem as curvas. Outros olham para o chão bem próximo, bem à sua frente. Olhe para o final da curva, cumpra seu traçado. Gire somente a cabeça e não os ombros. Assim estará programando a trajetória. Experimente. É fantástico! Parece que a moto vai sozinha.

Inclinar - Para virar, a moto tem de se inclinar. Para inclinar a moto, empurre o guidão na direção da curva. Velocidades mais altas ou curvas mais apertadas exigem um ângulo de inclinação maior. Durante as curvas normais, o piloto e a moto devem se inclinar juntos. Em curvas mais lentas, incline só a moto e mantenha o corpo reto.

Recuperar velocidade - Reduza o acelerador enquanto vira. Evite desacelerar enquanto estiver na curva. Mantenha a velocidade constante e então acelere gradualmente assim que visualizar o final da curva.

O LIMITE FÍSICO E O LIMITE DE SEGURANÇA
O limite físico é o limite onde as partes fixas da moto como pedaleiras, mata cachorro, descanso lateral e central, escapamento e bolsas laterais encostam no chão durante a curva.
O limite de segurança é o limite da borda lateral do pneus, conhecido como “ombro” ou “borda de ataque” como muitos pilotos o chamam; é limite da aderência com o piso. Reconhecidos estes limites é possível traçar uma trajetória correta e segura da curva. Só que estes limites são diferentes para cada estilo de moto e de forma geral podem ser definidos assim:

Esportiva – limite físico (pedaleiras) e de segurança (pneus) bem altos e, normalmente, as pedaleiras encostam no chão antes de se chegar ao “ombro” dos pneus;

Custom – possuem muito limite de segurança (pneus), porém com pouco limite físico (pedaleiras ou plataformas baixas); é comum contornar curvas raspando a pedaleira sem chegar nem perto do limite de segurança (pneus);

Scooter - o que pode ser muito aproveitado é a sua agilidade, não precisando muito de inclinação para se manter na trajetória da curva. Mas são motos com limites razoáveis tanto no perfil de seus pneus quanto nos limites físicos;

Street e CUB – possuem ótimos limites fisico e de segurança. Mas deve-se tomar cuidado com alguns modelos que têm pedaleiras fixas (não retráteis), pois se encostarem no chão com muita força a roda traseira sai do chão e...

Naked – aqui temos que tomar muito cuidado! Muitas nakeds possuem limite físico muito alto (igual as esportivas). Porém, como há diferenças nas suspensões, o peso do piloto não irá influenciar tanto para baixar a moto e fazer as pedaleiras fazerem o limite físico. Alguns modelos podem vir com pneus de pouca flexibilidade e assim, é preciso muita atenção com as naked;

Trail e Big Trail – taí um estilo curioso. Muitos acham que por serem altas, os limites físicos (pedaleiras) não encostam no chão. Mas com pneus mais voltados para asfalto e com suspensões mais macias, o peso do piloto influencia muito. Há motos neste estilo que são muito altas e os limites de segurança das laterais dos pneus são poucos em relação a sua ciclística. Então, ao invés de inclinar demais, aproveite de sua agilidade.

Motard – agilidade com muito limite de inclinação. Pedaleiras encostam facilmente no chão e ainda tem pneu para inclinar.

Fonte:honda.com, somotoca.com